O texto abaixo foi extraído do blog: Desafiando a Nomenklatura Científica:
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A complexidade especificada, como Dembski a desenvolve na sua obra, incorpora cinco elementos importantes:
A complexidade especificada, como Dembski a desenvolve na sua obra, incorpora cinco elementos importantes:
1 - Uma versão probabilística de complexidade
aplicável aos eventos: a probabilidade pode ser vista como uma forma de
complexidade. Elas variam inversamente: quanto maior a complexidade, muito
menor será a probabilidade. O termo complexidade em complexidade especificada
refere-se à improbabilidade.
2 - Padrões condicionalmente
independentes: os padrões que na presença de complexidade (ou improbabilidade)
impliquem em ação de inteligência devem ser independentes do evento cujo design
está em questão. O modo de caracterizar essa independência de padrões é através
da noção probabilística de independência condicional. O termo especificada em
complexidade especificada refere-se a tais padrões condicionalmente
independentes - são as especificações.
3 - Recursos probabilísticos: são
o número de oportunidades para um evento acontecer ou ser especificado. Um
evento aparentemente improvável pode tornar-se bem provável assim que
suficientes recursos probabilísticos sejam fatorados. Por outro lado, tal
evento pode permanecer improvável mesmo após todos os recursos probabilísticos
disponíveis tenham sido fatorados. Os recursos probabilísticos são replicadores
(o número de oportunidades para um evento ocorrer) e especificadores (o número
de oportunidades para especificar um evento). Para um evento de probabilidade
ser razoavelmente atribuído ao acaso, o número não pode ser pequeno demais.
4 - Uma versão especificadora de
complexidade aplicada aos padrões. Por serem padrões, as especificações exibem
graus de complexidade variadas. Um grau de especificação de complexidade
determina quantos recursos especificadores devem ser fatorados quando
calculando o nível de improbabilidade necessária para excluir o acaso. Quanto
mais complexo o padrão, mais recursos especificadores devem ser fatorados. Os
matemáticos chamam a generalização disso de complexidade de Kolmogorov. A baixa
complexidade especificadora é importante na detecção de design porque ela
garante que um evento cujo design está em questão não foi simplesmente descrito
após o fato e depois arrumado como se pudesse ser descrito como tendo ocorrido
antes do fato.
5 - Um número limite de
probabilidade universal. Os recursos probabilísticos vêm em quantidades
limitadas no universo observável. Os cientistas calculam que haja em torno de
1080 de partículas elementares. As propriedades da matéria são tais que as
transições de um estado para o outro não pode ocorrer muito mais rápido do que
1045 por segundo (o tempo de Planck, a menor de todas as unidades de tempo
fisicamente significativa). O universo mesmo é um bilhão de vezes mais recente
do que 1025 segundos (admitindo-se que o universo tenha entre 10 a 20 bilhões
de anos). Se qualquer especificação de um evento ocorrendo no universo físico
requer pelo menos uma partícula elementar para especificá-lo e que tal
especificação não pode ser gerada mais rapidamente do que o tempo de Planck,
então essas limitações cosmológicas implicam que o número total de eventos
especificados através da história cósmica não pode exceder 1080 x 1045 x 1025 =
10150. Assim, qualquer evento especificado de probabilidade menor do que 1 em
10150 permanecerá improvável mesmo após todos os recursos probabilísticos
concebíveis do universo visível tenham sido fatorados. Isto é, qualquer evento
especificado tão improvável quanto esse jamais poderia ser atribuído ao acaso.
Para algo exibir complexidade especificada significa que corresponde a um
padrão condicionalmente independente (especificação) de baixa complexidade
especificadora, mas onde o evento correspondente àquele padrão ele tem uma
probabilidade menor do que o número limite de probabilidade universal (10150) e
portanto tem alta complexidade probabilística. Emile Borel, matemático francês,
propôs 1 em 1050 como um limite de probabilidade universal, abaixo do qual
(10-50) o acaso pode ser definidamente excluído, i.e., qualquer evento
específico tão improvável quanto esse nunca poderia ser atribuído ao acaso.
Para explicarmos algo, nós
empregamos três amplos meios de explanação: acaso, necessidade e design. Como
um critério para detectar design, a complexidade especificada nos capacita
decidir qual desses meios de explanação é aplicável. Ela faz isso respondendo a
três perguntas sobre a coisa que estamos tentando explicar: É contingente? É
complexo(a)? É especificado(a). Dispondo essas perguntas seqüencialmente como
nódulos de decisão num gráfico, nós podemos representar a complexidade
especificada como um critério para detectar design: o chamado “Filtro
Explanatório” de Dembski.
Assim, onde for possível existir
corroboração empírica direta, o design intencional estará realmente presente
sempre que a complexidade específica estiver presente.
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