quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Simplificando a Complexidade Irredutível de Michael Behe

Como é sabido, a função da ratoeira é imobilizar o rato. Geralmente este equipamento é formado de alguns componentes básicos, tais como: uma tábua lisa de madeira que serve como plataforma; um martelo (precursor) de metal, cuja função é destruir o rato; uma mola com extremidades alongadas que faz pressão contra a tábua e o martelo quando a ratoeira é armada; uma trava sensível, que dispara quando nela é aplicada leve pressão; uma barra de metal ligada à trava e que prende o martelo quando a ratoeira é armada. Existem outros modelos. 

Ao explicar o mecanismo de Complexidade Irredutível, o cientista Michael Behe se utiliza da ratoeira como um exemplo simples mas muito pertinente de explicação. Conclui ele que, se não houvesse a base de madeira, tampouco haveria uma plataforma para nela prender os outros componentes. Se faltasse o martelo, o rato poderia dançar a noite inteira sobre a plataforma sem ficar preso à base de madeira. Se não houvesse mola, o martelo e a plataforma estariam frouxamente ligados e o roedor continuaria feliz da vida. Se não houvesse trava ou barra de metal, então a mola dispararia o martelo logo que a soltássemos e, para pegar o rato, teríamos que correr atrás dele, com a ratoeira aberta na mão.

Transpondo este exemplo para os sistemas biológicos, e tomando como modelo o flagelo bacteriano, Behe demonstra que essa maquinaria intrincada, incluindo um rotor (o elemento que imprime a rotação), motor molecular, um estator (o elemento estacionário), juntas de vedação, buchas e um eixo-motor exige a interação coordenada de pelo menos quarenta proteínas complexas (que formam o núcleo irredutível do flagelo bacteriano) e que a ausência de qualquer uma delas resultaria na perda completa da função do motor. Ele argumenta que o mecanismo darwinista enfrenta graves obstáculos em tentar explicar esses sistemas irredutivelmente complexos. 

Para Behe, a complexidade irredutível é um indicador seguro de design. Um sistema bioquímico irredutivelmente complexo que Behe considera é o flagelo bacteriano. O flagelo é um motor rotor movido por um fluxo de ácidos com uma cauda tipo chicote (ou filamento) que gira entre 20.000 a 100.000 vezes por minuto e cujo movimento rotatório permite que a bactéria navegue através de seu ambiente aquoso.

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Referências:
1 - Michael Behe: “A Caixa Preta de Darwin”. Jorge Zahar Editor. Rio de Janeiro, 1997.

Diferenças entre Tedeísmo e Criacionismo

CRIACIONISMO

 1 - Houve uma súbita criação do universo, da energia e da vida ex-nihilo.

2 - As mutações e a seleção natural são insuficientes para realizar o desenvolvimento de todos os tipos de vida a partir de um único organismo.

3 - Mudanças dos tipos de animais e plantas originalmente criados ocorrem somente dentro de limites fixados.

4 - Há uma linhagem ancestral separada para humanos e primatas.

5 - A geologia pode ser explicada pelo catastrofismo, principalmente pela ocorrência de um dilúvio mundial.

6 - A Terra e os tipos de vida são relativamente recentes (na ordem de milhares ou dezenas de milhares de anos).


TEDEÍSMO

1 - A complexidade especificada e a complexidade irredutível são indicadores ou marcas seguras de design.

2 - Os sistemas biológicos exibem Complexidade Especificada e empregam subsistemas de Complexidade Irredutível.

3 -  Os mecanismos naturalistas ou causas não-dirigidas não são suficientes para explicar a origem da Complexidade Especificada ou Complexidade Irredutível.

4 - Por isso, o design inteligente é a melhor explicação para a origem da Complexidade Especificada e da Complexidade Irredutível em sistemas biológicos.


Para entender a Complexidade Especificada, de William Dembski


O texto abaixo foi extraído do blog: Desafiando a Nomenklatura Científica:

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A complexidade especificada, como Dembski a desenvolve na sua obra, incorpora cinco elementos importantes:

1 -  Uma versão probabilística de complexidade aplicável aos eventos: a probabilidade pode ser vista como uma forma de complexidade. Elas variam inversamente: quanto maior a complexidade, muito menor será a probabilidade. O termo complexidade em complexidade especificada refere-se à improbabilidade.

2 - Padrões condicionalmente independentes: os padrões que na presença de complexidade (ou improbabilidade) impliquem em ação de inteligência devem ser independentes do evento cujo design está em questão. O modo de caracterizar essa independência de padrões é através da noção probabilística de independência condicional. O termo especificada em complexidade especificada refere-se a tais padrões condicionalmente independentes - são as especificações.

3 - Recursos probabilísticos: são o número de oportunidades para um evento acontecer ou ser especificado. Um evento aparentemente improvável pode tornar-se bem provável assim que suficientes recursos probabilísticos sejam fatorados. Por outro lado, tal evento pode permanecer improvável mesmo após todos os recursos probabilísticos disponíveis tenham sido fatorados. Os recursos probabilísticos são replicadores (o número de oportunidades para um evento ocorrer) e especificadores (o número de oportunidades para especificar um evento). Para um evento de probabilidade ser razoavelmente atribuído ao acaso, o número não pode ser pequeno demais.

4 - Uma versão especificadora de complexidade aplicada aos padrões. Por serem padrões, as especificações exibem graus de complexidade variadas. Um grau de especificação de complexidade determina quantos recursos especificadores devem ser fatorados quando calculando o nível de improbabilidade necessária para excluir o acaso. Quanto mais complexo o padrão, mais recursos especificadores devem ser fatorados. Os matemáticos chamam a generalização disso de complexidade de Kolmogorov. A baixa complexidade especificadora é importante na detecção de design porque ela garante que um evento cujo design está em questão não foi simplesmente descrito após o fato e depois arrumado como se pudesse ser descrito como tendo ocorrido antes do fato.

5 - Um número limite de probabilidade universal. Os recursos probabilísticos vêm em quantidades limitadas no universo observável. Os cientistas calculam que haja em torno de 1080 de partículas elementares. As propriedades da matéria são tais que as transições de um estado para o outro não pode ocorrer muito mais rápido do que 1045 por segundo (o tempo de Planck, a menor de todas as unidades de tempo fisicamente significativa). O universo mesmo é um bilhão de vezes mais recente do que 1025 segundos (admitindo-se que o universo tenha entre 10 a 20 bilhões de anos). Se qualquer especificação de um evento ocorrendo no universo físico requer pelo menos uma partícula elementar para especificá-lo e que tal especificação não pode ser gerada mais rapidamente do que o tempo de Planck, então essas limitações cosmológicas implicam que o número total de eventos especificados através da história cósmica não pode exceder 1080 x 1045 x 1025 = 10150. Assim, qualquer evento especificado de probabilidade menor do que 1 em 10150 permanecerá improvável mesmo após todos os recursos probabilísticos concebíveis do universo visível tenham sido fatorados. Isto é, qualquer evento especificado tão improvável quanto esse jamais poderia ser atribuído ao acaso. Para algo exibir complexidade especificada significa que corresponde a um padrão condicionalmente independente (especificação) de baixa complexidade especificadora, mas onde o evento correspondente àquele padrão ele tem uma probabilidade menor do que o número limite de probabilidade universal (10150) e portanto tem alta complexidade probabilística. Emile Borel, matemático francês, propôs 1 em 1050 como um limite de probabilidade universal, abaixo do qual (10-50) o acaso pode ser definidamente excluído, i.e., qualquer evento específico tão improvável quanto esse nunca poderia ser atribuído ao acaso.

Para explicarmos algo, nós empregamos três amplos meios de explanação: acaso, necessidade e design. Como um critério para detectar design, a complexidade especificada nos capacita decidir qual desses meios de explanação é aplicável. Ela faz isso respondendo a três perguntas sobre a coisa que estamos tentando explicar: É contingente? É complexo(a)? É especificado(a). Dispondo essas perguntas seqüencialmente como nódulos de decisão num gráfico, nós podemos representar a complexidade especificada como um critério para detectar design: o chamado “Filtro Explanatório” de Dembski.


Assim, onde for possível existir corroboração empírica direta, o design intencional estará realmente presente sempre que a complexidade específica estiver presente.

Síntese teórica da Teoria do Design Inteligente (Tedeísmo)



1 – Complexidade Irredutível:
“Um sistema único composto de várias partes compatíveis, que interagem entre si e que contribuem para sua função básica, caso em que a remoção de uma das partes faria com que o sistema deixasse de funcionar de forma eficiente” (Behe, Zahar, 1977). Por exemplo, a  ratoeira, que tem por função apanhar ratos, de modo que, faltando-lhe uma das partes, perde-se esta função, ou melhor, ela deixa de cumprir a função para a qual fora planejada. 

2 – Complexidade especificada:
Padrões complexos específicos podem ser encontrados nos organismos, de modo que se torna possível quantificar a inferência de planejamento em termos do que William Dembski chama de "recursos probabilísticos" de um sistema. Nesse sistema pode-se concluir a impossibilidade de padrões complexos se desenvolverem  mediante um processo aleatório, como a seleção natural. Por exemplo: Uma sala com 100 macacos e 100 computadores podem, eventualmente, produzir algumas palavras ou mesmo uma frase inteira, porém, nunca poderá produzir um romance de Machado de Assis. 

É isso!


"Assinatura na Célula: O DNA e a Evidência de Design Inteligente"


Signature in the Cell: DNA and the Evidence for Intelligent Design

"Assinatura na Célula: O DNA e a Evidência de Design Inteligente"


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"Pouco depois de 1950, a ciência avançou até um ponto em que podia identificar as formas e propriedades de algumas moléculas que constituem os organismos vivos. Devagar, com muito trabalho, as estruturas de um número cada vez maior de moléculas biológicas foram elucidadas e, com o auxílio de incontáveis experimentos, inferida a maneira como funcionavam. Os resultados acumulados mostram com grande clareza que a vida se baseia em máquinas — máquinas compostas de moléculas! As máquinas molecu­lares transportam carga de um lugar na célula para outro, ao longo de "es­tradas" constituídas por outras moléculas, enquanto outras ainda agem co­mo cabos, cordas e polias que mantêm a forma da célula. Máquinas ligam e desligam comutadores celulares às vezes matando a célula, ou fazendo com que cresça. Máquinas a energia solar captam a energia dos fótons e a armazenam em elementos químicos. Máquinas elétricas permitem que a corrente flua pêlos nervos. Máquinas-ferramenta constroem outras máquinas moleculares, bem como outras iguais a si mesmas. Células nadam usando máquinas, copiam a si mesmas usando maquinaria, e com ela ingerem alimentos. Em suma, máquinas moleculares altamente sofisticadas controlam todos os processos celulares. Assim, os detalhes da vida são finamente calibrados e, a maquinaria da vida, de uma enorme complexidade."

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Fonte:
Michael Behe: “A Caixa Preta de Darwin”. Jorge Zahar Editor. Rio de Janeiro, 1997.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O Tedeísmo e a falácia da “Comunidade Científica”

 “Para a comunidade científica atual, o Design Inteligente não se estrutura pelos princípios do método científico”.

Esta frase, extraída do “vade mecum digital” dos devotos de Darwin, a Wikipédia, além de falaciosa, faz transparecer o que se conhece por “argumentum ad verecundiam”, expressão latina para designar o chamado “argumento de autoridade” ou “apelo à autoridade”.


FALÁCIA
É falácia pois se trata de uma generalização tendenciosamente enganosa, cujo intuito é passar a ideia de que há um grupo coeso de cientistas que determina o que é ciência e o que não pode ou não deve sê-lo. Ademais, ao fazer-se uso de tal expressão ignora-se que dentro desta mesma “comunidade científica” há uma boa parcela de pesquisadores de renome que simpatizam com o conceito de “Design Inteligente”, e os quais não estão presos ao dogma dominante da Academia científica atual. 

“Toda generalização é burra”, já dizia Nelson Rodrigues...

APELO À AUTORIDADE
Ao fazer-se uso desta expressão, apela-se de certa forma para o peso da autoridade, com o agravante de que se recorre não apenas a “uma pessoa”, mas a um “grupo de pessoas”, o qual, supostamente tem o poder absoluto para determinar o que deve ser aceito ou descartado do âmbito da ciência, como se esta fosse decidida por unanimidade acadêmica.

 “As grandes convivências estão a um milímetro do tédio”, já dizia o mesmo e genial Nelson Rodrigues...


É isso!

Vídeo: Viagem ao Interior da Célula


Design Inteligente: O Espetáculo da Vida

Livros Grátis sobre o Design Inteligente (Tedeísmo)

A Organización Internacional     para       el            avance científico             del         Diseño Inteligente – OIACDI (Organização Internacional para o Avanço do Design Inteligente) está disponibilizando vários títulos em formato digital (PDF) para download gratuito, no idioma Espanhol, todos relacionados à temática do Design Inteligente (Desenho Inteligente - Tedeísmo). É só clicar no título e baixar...










quarta-feira, 7 de outubro de 2015

O Design Inteligente e o preconceito naturalista

Muitos cientistas questionam a validade da Teoria Sintética como explicação plausível de uma evolução vertical, embora não ponha em dúvida sua origem naturalista. Se esta teoria não pode explicar tal evento, deve haver outra que o faça. Para tais cientistas, a proposta do Design Inteligente não tem validade científica e, portanto, não pode explicar este fenômeno. Em uma entrevista realizada por Alan Boyle em junho de 2009, o físico britânico Paul Davies realça esta postura ao declarar: “O ponto fraco do Design Inteligente é que recorre a algo externo ao Universo como algo que deve ser aceito mas que não pode ser testado. Gostaria de  explicar o máximo possível do Universo, incluindo suas leis físicas favoráveis à vida, mas de uma forma que não  recorra a algo externo a ele”. E acrescenta:  “O problema de dizer ‘Deus fez isso’ é que Deus não tem sido explicado, de modo que se recorre a um Planejador inexplicável. Na verdade, isso não explica nada, mas apenas aponta para um problema. Contudo, dizer simplesmente que as leis da física explicam a existência da vida, também isso não explica coisa alguma”.

Este ponto de vista acerca da validade das propostas do Design Inteligente é compartilhado também por outros cientistas, os quais não admitem explicações além daquelas encontradas na própria natureza. Para tais cientistas o naturalismo metodológico é uma lei sagrada e, se ainda não se tem uma explicação naturalista adequada, esta virá mais tarde através das pesquisas. Além disso, dizer que a vida pode ser explicada por um agente inteligente desestimula os estudos, contrapondo ainda à metodologia científica vigente.

Tal assertiva não é outra coisa senão uma visão tendenciosa que se tornou consensual no âmbito científico atual, cujo objetivo é o de anular qualquer outra explicação que não se enquadre nos ditames naturalistas.  Ou seja: embora não haja, a priori, nenhuma razão para se excluir a possibilidade de um agente inteligente no processo que originou a vida, é dito simplesmente que "em princípio, a ciência não deve utilizá-lo, seja verdadeiro ou não". No fundo, a questão deixa o campo da ciência e penetra na esfera da ideologia.

Fenômeno semelhante ocorreu em outros tempos com a teoria do flogisto (ou flogístico), a qual durante mais de um século fascinou uma turba enorme de cientistas, que não aceitavam qualquer outra explicação  além daquelas que alimentavam seus preconceitos. Contudo,  com as pesquisas de Antoine Lavoisier, este paradigma principiou a ruir, desmoronando definitivamente com a descoberta  do oxigênio  por Joseph Priestley, em 1774.

A ciência não pode ficar restrita exclusivamente  a um paradigma só pelo fato de ser ele o mais “elegante” ou o mais “aceito pela unanimidade acadêmica”. O fato de não ser possível estudar um cometa que supostamente se chocou com a terra há milhões de anos, não implica em que não se possa observar seus efeitos sobre a Terra moderna. De forma análoga, pode-se  observar os efeitos que um planejador produziu sobre a vida, não obstante nada sabermos acerca dele. De resto, é muito preconceito e pouca ciência!


É isso!