Por: Phillip E. Johnson Think (The Royal Institute of Philosophy – 19
de Fevereiro de 2007). Tradução e Adaptação: Maximiliano Mendes.
Os indivíduos
que compõem o Movimento do Design Inteligente (MDI) se uniram como conseqüência
da publicação do meu livro Darwin on Trial (Darwin no Banco dos Réus) (Regnery
1991, IVP 1993). O propósito que define o MDI é promover o argumento de que o
neo-Darwinismo falhou em explicar a origem dos sistemas informacionais
complexos e das estruturas dos seres vivos, das primeiras células aos novos
planos corporais. Isto faz com que seja razoável inferir que a evidência
biológica, apesar da filosofia que domina esta ciência, sugere a necessidade de
se considerar que alguma causa inteligente pode ter tido um papel indispensável
na origem e desenvolvimento
da vida.
A alegação de
que a ciência evolutiva descobriu e verificou um mecanismo que pode explicar a
origem da informação e complexidade biológicas envolvendo apenas causas
naturais (não-inteligentes) é apoiada por uma imensa extrapolação de uma
evidência restrita a pequenas variações cíclicas em espécies fundamentalmente
estáveis. O principal exemplo atual de um mecanismo neo-Darwiniano padrão
envolve uma espécie de tentilhão em uma ilha do rquipélago das Galápagos. Dois
cientistas de nome Grant publicaram um famoso estudo das variações dos bicos
destes pássaros, posteriormente popularizado em um livro chamado O Bico do
Tentilhão, escrito por Jonathan Weiner.
Os Grants
mediram bicos de tentilhões ao longo de muitos anos. Em 1997, uma seca matou a
maioria destas aves, e os sobreviventes tinham bicos levemente maiores que
antes. A explicação provável era que os pássaros de bicos grandes tinham
vantagem, pois eram capazes de comer as últimas sementes duras que restaram.
Alguns anos depois as chuvas retornaram, e a média do tamanho dos bicos voltou
ao normal. Não houve o aparecimento de nenhum órgão novo e não houve nenhuma
mudança direcional de qualquer tipo, apenas um ciclo de vai-e-vem de bicos
pequenos para bicos levemente maiores e de volta para bicos pequenos.
Entretanto, este é na verdade o exemplo mais impressionante de seleção natural
já observado produzindo mudanças que os Darwinistas foram capazes de
corroborar, após aproximadamente um século e meio de buscas por evidências de
que o mecanismo de variação aleatória com sobrevivência diferencial tem o poder
transformador necessário para realizar tudo que os livros atribuem a ele.
A fim de fazer a
estória parecer melhor, a National
Academy of Sciences (Academia
Nacional de Ciências, dos EUA) melhoraram alguns dos fatos em um livreto de
1998 chamado Teaching about Evolution and
the Nature of Science (Ensinando sobre
a Evolução e a Natureza da Ciência). Esta versão da estória omite que os
bicos voltaram ao normal e encorajava os professores a especular que uma “nova
espécie de tentilhão” poderia surgir em 200 anos se a tendência inicial em
direção ao aumento do tamanho dos bicos continuasse indefinidamente. Quando os
nossos cientistas mais proeminentes têm de se utilizar do tipo de distorção que
colocaria um investidor na cadeia, você sabe que eles estão tendo problemas
para ajustar as evidências com a teoria que querem apoiar.
Há uma imensa
lacuna entre as façanhas criativas que o mecanismo Darwiniano supostamente
realizou para levar a vida de um ponto de partida unicelular, até os animais e
plantas altamente complexos de hoje em dia, incluindo os humanos, e as modestas
variações temporárias que na prática já foram observadas na natureza. Minha
esperança era que a comunidade científica fosse concordar que é legítimo
questionar se os mecanismos naturais (não-inteligentes) conhecidos podem
produzir as imensas quantidades de informação genética que seriam necessárias
para gerar novos tipos de organismos complexos, tendo em vista que o
questionamento era baseado na evidência científica, e não em doutrinas ou
escrituras religiosas.
O argumento a
favor do design inteligente na biologia foi logo empregado em livros de dois
autores altamente qualificados, o professor de bioquímica Michael Behe, autor
de A Caixa Preta de Darwin, e o matemático e filósofo William Dembski, cujo
livro The Design Inference (A inferência de Design) foi publicado
após um processo de revisão por pares (peer-review)
pela Editora da Universidade de Cambridge. (É possível encontrar livros de
nível popular dele em livrarias online.) Muitos cientistas mostraram um
interesse significativo por esses livros, como também pelo meu, e expressaram
seu ceticismo sobre a alegação de que os mecanismos materialistas conhecidos
poderiam explicar a origem da informação especificada complexa requerida para
as intricadas atividades funcionais de uma célula viva, sem falar na informação
necessária para coordenar as funções de trilhões de células envolvidas nos
processos da vida de um animal multicelular.
Entretanto, para
o meu desapontamento, as organizações científicas influentes formaram um sólido
bloco de oposição à consideração sobre se a evidência aponta para o possível
envolvimento de causas inteligentes na história da vida. Todavia, o assunto é
tão fascinante, que as corporações científicas ortodoxas tiveram de tomar
medidas árduas para impedir que ele surgisse na educação científica, e mesmo em
jornais científicos.
Como demonstrado
no caso do filósofo Anthony Flew (ver adiante), o argumento tem poder
persuasivo. Se os pensadores independentes na ciência se sentissem livres para
escrever sobre a possibilidade das causas inteligentes na história da vida sem
sofrer as conseqüências adversas, a literatura profissional e popular sobre
este tema iria provavelmente ser substancial e vigorosa. Este é o motivo
daqueles que não querem que o conceito do design inteligente prospere julgarem
ser necessário decretar regras explícitas a fim de não permitir que os
cientistas e outros discutam a possibilidade de que há uma inteligência real
por trás da complexa informação genética.
Eu esperava que
a maioria dos cientistas pudesse ser persuadida a levar em consideração as
objeções ao Darwinismo que dependem somente de lógica e evidências empíricas,
direcionadas somente à adequação do mecanismo Darwiniano, ao invés das que
defendem a cronologia do livro de Gênesis. Porém, isso não aconteceu. Os
Darwinistas, incluindo muitos em posições de autoridade na ciência, reagiram
estigmatizando o conceito do design inteligente em biologia como
“criacionismo”, como se ele fosse outra tentativa de tentar defender a
cronologia literal do livro do Gênesis, ao invés de ser um movimento científico
que depende somente em evidências científicas e análise lógica. Embora o MDI
não identifique o designer como nada mais que uma fonte de informação
biológica, havia poucas dúvidas de que aqueles que crêem no Deus Cristão, eu
inclusive, iriam considerar a aceitação científica do DI altamente animadora.
Isto foi o
bastante para incitar os Darwinistas e outros secularistas a dispensar todo o conceito
como “religião”, então, “não é ciência”, desta forma descartando o conflito de
acordo com a conveniência deles, com base em um estereótipo ao invés de uma
análise das evidências e argumentos específicos. A direção da comissão da American Association for the Advancement of
Science (Associação Americana para o
Avanço da Ciência - AAAS) passou uma decisão declarando que a teoria do
design inteligente não é ciência. Esta ação sinalizou que a comissão estava
preocupada que, se fosse permitido aos editores e revisores (de periódicos
científicos), bem informados, exercer sua ponderação ao revisar manuscritos
para publicação, poderiam eventualmente aparecer na literatura profissional,
alguns artigos discutindo de forma séria a possibilidade de que as causas
inteligentes estiveram necessariamente envolvidas na geração de inovações
biológicas.
Foi demonstrado
em Outubro de 2004 que tal preocupação era real, quando um artigo de revisão do
teórico do DI, Dr. Stephen Meyer, passou na revisão por pares feita por
cientistas empregados em instituições tipicamente seculares e foi publicado no Proceedings of the Biological Society of
Washington. Os Darwinistas ficaram tão alarmados pela publicação do artigo
de Meyer que montaram uma campanha furiosa contra ele. O conselho diretor da
sociedade ficou tão estupefato que repudiou o artigo como inadequado para
publicação em seus Proceedings,
citando a política da AAAS, e reassegurando aos críticos que “o tópico do
design não será abordado em edições futuras”. Seguindo esta desaprovação, os
Darwinistas montaram uma outra campanha furiosa para desacreditar o editor que
tinha aprovado o artigo de Meyer para publicação, acusando-o de ser um
criacionista da terra jovem enrustido.
A bagunça quase
histérica sobre o artigo de Meyer teve alguns aspectos positivos. Os
Darwinistas tem persistentemente criticado os teóricos do MDI de levarem seus
argumentos diretamente ao público, o que implicaria que esses teóricos estão
tentando evitar o exame detalhado e profissional que acompanha a publicação em
periódicos científicos. A verdade é o oposto. Os teóricos do DI têm avidamente
perseguido quaisquer oportunidades que eles possam encontrar para publicar em
periódicos científicos cujos artigos passam pela revisão por pares. A história
da publicação do artigo de Meyer, e o seu resultado, demonstram que tais publicações
seriam possíveis, caso não estivesse havendo uma aplicação de políticas
doutrinárias que barram a publicação de artigos em apoio ao design inteligente,
e a conseqüente intimidação pública e profissional de editores que poderiam
permitir essas publicações. O argumento dos Darwinistas para que o público se
oponha ao Design Inteligente resume-se a dizer que “Você tem de publicar nos
periódicos profissionais antes de levar a teoria ao público, e nós temos uma
regra que não permite que vocês publiquem na literatura profissional”. Então
não há como os críticos do naturalismo evolucionista se estabelecerem. Se a
publicação em periódicos fosse permitida, há razões para se crer que os
cientistas se interessariam muito em trabalhar o tema. Mais de 60 cientistas ao
redor do mundo pediram cópias do artigo de Meyer, mais um pacote de materiais
de referência. Devido ao fato de que uma proibição de publicação estar em
vigor, O DI não é discutido na literatura científica. Este silêncio imposto não
nos diz nada sobre o que poderia estar acontecendo se os cientistas e editores
fossem livres para agir de acordo com seus próprios julgamentos, sem medo de
ser punidos por abordar tópicos proibidos.
Estou convencido
de que, sob condições de liberdade intelectual, os cientistas e filósofos
ficariam fascinados pela possibilidade de que causas inteligentes tenham sido
fatores na origem e desenvolvimento da vida. E haveria uma discussão vigorosa
acerca dos prós e contras sobre este assunto, tanto na literatura profissional
quanto na popular.
Os que insistem
que a ciência é, por definição, dedicada à busca e ao endosso de explicações
naturalísticas para todos os fenômenos, descartam qualquer questionamento da
sua premissa básica como “religiosamente” motivada, e daí, irracional – e até
mesmo inconstitucional nos EUA (onde a maioria da população é, apesar disso,
inclinada a questionar a premissa).
Mas as questões
religiosas podem ser razoáveis e importantes. Aqui vai um exemplo: Eu
repetidamente apresentei a questão: “Deus é real ou imaginário?” O naturalismo
evolucionista classifica Deus entre os produtos subjetivos do cérebro humano, e
assim, entre os produtos da própria evolução. Contudo, se Deus é
verdadeiramente real e é o nosso criador, então impor uma definição de
conhecimento baseada na suposição de que SOMENTE a natureza é real, e que Deus
só existe no imaginário humano seria um grande erro. Certamente é racional,
para as pessoas que acreditam que Deus é ou pode ser o criador, desafiar os que
insistem que venhamos a aceitar que uma natureza nãointeligente fez todo o
trabalho de criação. É racional argumentar que, ao invés disso, deveríamos
analisar a evidência de forma imparcial, com o objetivo de chegar à verdade,
mesmo que seja necessário haver um criador, para criar todas as maravilhas do
mundo dos seres vivos. Se o mecanismo Darwiniano ou algum outro tipo de
combinação de lei e acaso não é capaz de criar a informação necessária, então
deveríamos reconhecer sua incapacidade e passarmos a considerar outras opções.
O que nós não deveríamos fazer é apegar-nos a uma resposta inadequada porque
temos medo de reconhecer que a incapacidade dela tenderá a nos levar em direção
a Deus.
O objetivo do
MDI é alcançar uma filosofia aberta da ciência que permite a consideração de
uaisquer explicações em direção às quais a evidência pode estar apontando. Isto
é diferente da filosofia restritiva atual que desconsidera a possibilidade de
um criador poder ser o responsável pela nossa existência, mesmo se a evidência
aponta nessa direção. O MDI, caso tenha sucesso ou não, contribuiu para um
melhor entendimento da realidade. Ele tenta trazer à tona a questão fundamental
da criação, ao visivelmente tornar o naturalismo evolucionista em um assunto de
investigação crítica baseada nas evidências, ao invés de permitir que ele
domine a priori como a posição filosófica inquestionável a qual a ciência deve
aderir por definição. Por enquanto, os mandarins que falam pela ciência têm o
apoio das cortes e da mídia em sua campanha de excluir quaisquer desafios
contra a sua premissa básica da educação pública e exame científico.
Embora o dogma
naturalista tenha dominado a educação pública por meio século, seus mandarins
falharam em convencer o público americano a adotá-lo, e eu vejo muitos sinais
de que o descontentamento com o naturalismo evolucionista está se espalhando
através do mundo. Um esses sinais são os muitos idiomas para os quais alguns de
meus livros já foram traduzidos, incluído o Francês, Espanhol, Português,
Coreano, Chinês, Tcheco, Finlandês e Macedônio. Eu regularmente recebo
perguntas até mesmo de pessoas das nações mais secularizadas do mundo,
demonstrando ceticismo em relação ao naturalismo evolucionista. Nitidamente, os
relatos sobre a morte de Deus foram muito exagerados. Com o crescimento mundial
da religião teísta, especialmente em regiões onde a taxa de nascimentos está
crescendo ao invés de diminuir, é somente uma questão de tempo até que o
argumento a favor de um designer inteligente adentre as discussões científicas
e acadêmicas.
Outro sinal
precoce da forma como o mundo está se direcionando veio em Dezembro de 2004,
quando houve muitos comentários nos jornais e grupos de discussão da internet
sobre o famoso filósofo ateísta Anthony Flew. Flew tinha acabado de anunciar
que havia se convertido ao teísmo filosófico (embora não ao Cristianismo ou
qualquer outra religião específica, pelo menos até agora), com base nas
descobertas científicas e o raciocínio associado, que o convenceram de que há
um designer inteligente do universo natural. Flew parece ter investigado o
fenômeno do design no mundo natural por razões semelhantes às minhas. Ele
queria decidir por si só, se as evidências e a lógica apontam na direção de uma
inteligência criadora, ou se Deus é nada mais que uma idéia subjetiva, criada
pela imaginação humana. Talvez estas questões sobre a realidade de Deus sejam
de natureza religiosa, mas elas são importantes e merecem ser investigadas sem
preconceitos ao invés de se proibir seu exame porque grupos poderosos definem
ciência como comprometimento a priori com o naturalismo.
Embora Flew por
enquanto não tenha aderido ao Cristianismo ou a qualquer outra religião, ele
deu um salto gigante nessa direção. Em um artigo no London Independent de 27/12/2004, um teólogo de Oxford escreveu:
“A que tipo de Deus (i.e., o designer de Flew) ele poderia estar se referindo?
Seria um que criou as partículas elementares do universo, as forças fraca e
forte, os átomos e as moléculas, e que, contudo, não esteja relacionado com o
surgimento de uma humanidade inteligente? Ou poderia ser um Deus que foi
inteligente o bastante para criar as galáxias, e sistemas incrivelmente
intricados como o DNA, e, contudo, não inteligente o bastante para se comunicar
com a humanidade? Embora Flew não acredite na Revelação, e possa não sentir que
o livro de Gênesis propicie um relato útil da criação, ele também não parece
ter exatamente este tipo de Deus minimalista em mente. Na verdade, quando
pressionado sobre se a sua ‘Causa Primeira’ é onisciente, ele admite que uma
Causa Primeira, se há uma, claramente produziu tudo o que está acontecendo, e
isto implica que ‘no princípio’ houve uma criação.”
Eu concordo com
este ponto, e a minha visão pessoal é que eu identifico o designer da vida como
o Deus da Bíblia, embora a teoria do design inteligente, da forma que é, não
exija isso. Os materialistas científicos resistem de forma impetuosa à análise
sobre a existência de um designer do que vemos na natureza, em parte porque
eles temem que mesmo a versão mais minimalista de uma divindade tenderá a ser
entendida como o Deus da Bíblia, que se comunica com os humanos e se preocupa
com o nosso comportamento. Talvez este medo seja justificado, mas e daí? Nós
devemos considerar a possibilidade de que o Cosmos é governado por um Deus que
se importa conosco, ao invés de proibi-la como uma idéia da qual deveríamos
fugir.
O fato das
autoridades Darwinistas acharem que o exame público de sua teoria é tão
ameaçador me diz que há uma insegurança oculta em sua posição intelectual que
irá eventualmente se tornar tão visível ao ponto de não mais poder ser
escondida. Hoje em dia eu raramente vejo tentativas de se provar que o
mecanismo Darwinista realmente tem o poder de criar as grandes inovações
biológicas. Ao invés disso, os museus e revistas preferem apenas contar a
estória da descendência comum, assumindo que a variação aleatória mais a
seleção natural (reprodução diferencial) devem ter sido capazes de preparar
qualquer design que tivesse de ser feito. Ao mesmo tempo, a maioria dos
cientistas, embora guiados pelas suposições Darwinistas, continua fornecendo cada
vez mais evidências do enorme conteúdo informacional das estruturas vivas.
Até mesmo a
suposição chave de que as similaridades genéticas são necessariamente herdadas
de ancestrais comuns é negada quase diariamente pela invocação de algo chamado
“transferência gênica lateral”, que explica as similaridades genéticas entre
organismos que se acredita não compartilharem um ancestral comum. Atualmente,
as regras autoritárias banem a hipótese do design inteligente das discussões
científicas e a suprimem impetuosamente via processos judiciais. Uma cultura
científica genuinamente confiável, que estivesse progredindo continuamente,
confirmando suas teorias e resolvendo problemas não precisaria depender da
intimidação para silenciar os dissidentes. Podem ainda ser precisos muitos anos
de luta antes da hipótese do design real na biologia ser capaz de receber uma
audiência justa, mas o dia desta audiência vai chegar, e eventualmente as
pessoas irão se indagar sobre como uma teoria materialista tão instável como o
Darwinismo foi capaz de cativar tantas mentes por tanto tempo.
Em meio a toda
esta controvérsia, que futuro há para o conceito do design inteligente na
ciência? O desafio do MDI ao naturalismo evolucionista está pelo menos sendo
notado em todos os lugares, e parece que esse desafio deixou os líderes da
elite Darwinista tão preocupados que eles julgam ser necessário tomar medidas
visivelmente cruéis para manter o seu controle sobre o público e a discussão
profissional. Dados de pesquisas de opinião reunidos ao longo de várias décadas
e publicados em ligação com as eleições de 2004 convenceram quase todo mundo de
que a maioria dos americanos é cética sobre o naturalismo evolucionista. Isto
permanece verdade, apesar de meio século de esforços obstinados por parte dos
educadores das áreas das ciências a fim de persuadi-los a aceitar a versão
atual da teoria de Darwin e sua suposição de que o processo criativo que
produziu os seres humanos e todas as outras formas de vida envolveu apenas
causas não-inteligentes, como o acaso e leis da física, sem nenhum
direcionamento ou inteligência. Para muitos americanos, essa teoria parece
muito com uma religião. Cada vez mais o Darwinismo é protegido pela intimidação
e restrições legais muito semelhantes àquelas que seriam empregadas para
proteger as doutrinas fundamentais de uma igreja estabelecida. É claro que os
Darwinistas acreditam sinceramente que a teoria deles está correta. É nisso que
os defensores de uma crença estabelecida sempre crêem.
Porém, o mundo
está se movendo em algumas direções surpreendentes, e talvez o mais importante
sobre o Darwinismo e a sua filosofia associada do naturalismo evolucionista não
seja a posição de dominância cultural que ele ocupa, mas sim o número muito
grande de pessoas, incluindo algumas muito bem instruídas, que ainda vêem que a
explicação Darwiniana da vida omite algo de importância fundamental, mais
especificamente, a inteligência que torna possível a vida da forma como a
conhecemos. No fim das contas, a única questão importante não é sobre quão
numerosas ou poderosas são as pessoas que sustentam certa posição agora, mas
sim sobre quem está certo sobre o que é verdade e o que não é. Se os
naturalistas evolucionistas estão certos sobre as causas não-inteligentes terem
produzido toda a diversidade de formas de vida complexas que conhecemos, sem a
assistência de uma inteligência, então certamente nossos cientistas, muito
obstinados e inteligentes, encontrarão uma demonstração mais convincente do processo
e do mecanismo, do que variações cíclicas nos bicos de uma espécie de
tentilhão. Por outro lado, se mais investigações tenderem a confirmar que a
vida requer quantidades extraordinárias de informação genética complexa e
especificada, então, eventualmente, o problema não resolvido acerca de onde
toda a informação veio irá tomar o seu lugar na vanguarda das discussões
científicas e filosóficas.
Eu ainda estou
convencido de que o possível papel das causas inteligentes na história da vida
irá eventualmente se tornar um assunto que os cientistas mais proeminentes
desejarão abordar de forma justa. Por enquanto as organizações científicas
influentes estão comprometidas de forma apaixonada com as explicações que só
levam em consideração as causas materiais, então eles rejeitam de imediato
qualquer sugestão de que causas inteligentes também podem ter tido algum papel.
Parece que o compromisso principal deles é o apoio ao materialismo, ao invés de
seguir as evidências em direção a qualquer conclusão que elas levarem.
Certamente foi a melhor teoria na área da Biologia que apóia o Criacionismo.
ResponderExcluirAdd no meu Blog tb:
http://criacionismobc.blogspot.com/
Meu querido, não ha como montar uma metodologia cientifica que prove a existência de Designer inteligente. A complexidade irredutível já foi descartada.
ResponderExcluirTedeismo é justamente isso, não saber diferenciar ciência e religião. Quando se faz da religião um ciência voce toma condutas anti cientificas, uma vez que ciência trabalha com paradigmas e verdades temporárias e não absolutas. E condutas antireligiosas, onde se abandona a religião para escrever especulações cientificas como essa ai acima.
Criacionismo não é ciência porque não trabalha de forma cientifica. Não ha um laboratório no mundo destinado a descobrir a existência de um designer inteligente.
Sinto muito, mas o Darwinismo ainda é a melhor resposta.
Amigo,
ExcluirTedeísmo não é religião, não é Criacionismo, não especula a vida sob o prisma teológico... Se voce observar outras postagens deste site, verá que o Tedeismo em nenhum momento busca "provar a existência de um designer", em vez disso, apenas busca na Natureza indícios de um plano, de um design... Não precisamos saber quem inventou uma determinada máquina para constatar que ela existe e que funciona... Abraços
Realmente, apesar das explicações darwinstas que apontam para uma evolução a partir de um ancestral comum, não acho que eles consigam explicar, mesmo após tantos anos, a imensa complexidade da vida atual, mesmo se considerarmos milhões de anos de evolução. Estruturas como o DNA, parecem complexas demais para terem aparecido atraves de um processo de acaso e necessidade como afirmava Alexander I Oparin, no início do século XX. Não estou defendendo aqui a existência de Deus mas gosto do benefício da dúvida que o Design inteligente propõe a respeito do Darwinismo que hoje é tratado como um DOGMA da ciência, exatamente como nos tempos da Santa Inquisição. A verdadeira ciência é movida pelos questionamentos e não por certezas absolutas e inquestionáveis.
ResponderExcluirErrata: Me lembrei que o livro O Acaso e a Necessidade é de Jacques Monod, e não de Oparin (Oparin desenvolve a teoria química para a orígem do primeiro organismo vivo)
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