Sabemos que os
seres vivos têm que superar os mesmos tipos de problemas físicos encontrados
pelos engenheiros. Todavia, os vírus, por definição, não estão vivos: precisam
de um hospedeiro para sua replicação. A par disto, indago: como é possível ter
evoluído gradualmente uma bio-nanotecnologia de tão alta precisão como são os
vírus? E mais: como teria se desenvolvido, do ponto de vista macroevolutivo,
motores tão potentes, tão compactos e tão supereficientes como estes?
Bem. Sabe-se que as
coberturas proteínicas protetoras (cápsides) dos vírus são extraordinários
exemplos de engenharia biológica. Estes recipientes sumamente regulares,
automontados e com dimensões nanométricas possui um desenho minimalista,
combinando complexas funções passivas e ativas. Estas cápsides não apenas
proporcionam um escudo químico, como, também, uma significativa proteção
mecânica para seus conteúdos genéticos. As coberturas víricas são assim um
maravilhoso exemplo de uma solução que a Natureza constrói a fim de suplantar
um complicado problema de engenharia biológica. Montando a si mesmas elas
formam sólidas coberturas de uma geometria muito bem definida e precisa
utilizando para isso de uma quantidade mínima de distintas proteínas.
É isso!
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